sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Minha casa passa a ter mais verduras

Este post é em comemoração a minha nova companheira, Chuchu, uma coelhinha anã branquinha com manchas marrons bem clarinhas. Ela é uma graça - meio assustada, verdade, mas que lagomorpho não é? - e adora alface, que surpresa.

Enfim, eu a estava observando agora, me deliciando com aquele orgulho de quem tem um bichinho de estimação tão fofo quanto aqueles de filmes, quando me deparei com o olhar dela (aliás, olhos pretos são o que há em coelhos, os vermelhos não estão com nada) e fui atingida por aquela dúvida inquietante e desesperadora que bate na gente quando olhamos no olho de um animal. Será que pensa? O que pensa? Como pensa?

Até alguns segundos atrás, Chuchu estava deitada - se levantou ao som dos Beatles, bom sinal - e bem parada, os olhos escuros bem atentos. Quero dizer, geralmente quando eu estou deitada e olhando para o nada, minha mente está a mil, pensando em coisas, refletindo, inventando histórias, imaginando... todas essas atividades de pessoas ociosas como eu. Contudo, Chuchu é não é uma pessoa - e eu jamais a ofenderia a chamando de gente, pois nada melhor para um coelho que ser um coelho - então eu fico aqui me remoendo, pensando sobre esse tipo de coisa.

Se eu fosse transforma-la num personagem, lhe daria todos os pensamentos e sentimentos apropriados para um animal sábio - coelho não tem uma cara de inteligência?! - e gosto de pensar que ela gostaria disso. Mas isso é o mais longe que conseguimos chegar - ao menos no caso de animais como coelhos - o conforto de imaginar o que se passa em suas cabecinhas.

Ela fareja tudo o tempo todo, com certeza seu cérebro é bem ocupado. E de qualquer forma, qualquer bicho que seja tão fofo assim tem o direito nos deixar nesse mistério sem fim.