segunda-feira, 31 de maio de 2010

Por padarias cariocas mais mineiras!!!

Continuando na onda de falar de comida, venho aqui hoje registrar um protesto silencioso com a falta de certos hábitos do carioca.

Gente, cadê o pão de queijo na padaria?!

Sério, na faculdade você encontra pão de queijo vendendo nas lanchonetes, até no bar do português na esquina vende pão de queijo. Mas aquele pãozinho especial, que só vende em padaria, que você quer comprar depois de um dia exaustivo de física, química, geologia e biologia e cetáceos... você não encontra!

Moro no Rio há dois anos e já estou acostumada com alguns absurdos cariocas - tipo a mania de sentir frio que eles têm - mas ainda fico indignada de não encontrar pão de queijo nas padarias. Eu não estou pedindo aquele pãozinho mineiro e muito menos o melhor do mundo - o da minha avó, que, diga-se de passagem, é mineira. Só quero um pãozinho de queijo...

Poderia passar sem pão de sal (ou pão frances, ou Brigitte, ou qualquer outro nome carioca para pão), pão de forma... se bobear, até bolo eu ficaria sem se isso significasse pão de queijo na padaria.

Bem... era isso, só precisava expressar essa indignação do âmago do meu ser e todas essas coisas mais profundas. Nada sério (dependendo do ponto de vista, claro, pão de queijo é assunto sério pra muita gente), nada revolucionário.

Quando você começa a pensar mais em comidas gostosas e manter a casa arrumada, você sabe que se está no caminho certo.

domingo, 30 de maio de 2010

Ode to San Lorenzo

Quem aqui sabia que este era o santo favorito dos chefs?

Aparentemente ele foi torturado sobre chamas e depois de um tempo, pediu a seus torturadores que o virassem, pois um lado já estava no ponto. Ha! Boa presença de espírito. Coisa rara nos católicos.

Bem, isso foi apenas a nível de curiosidade. Vim mesmo registrar que comer é uma das minhas três coisas favoritas no mundo - as outras duas vocês podem imaginar. Quer dizer, quantas outtras atividades vocês conhecem que são essenciais a nossa sobrevivência e oferecem momentos tão saborosos?

Queijo derretido de uma pizza (de calabresa/portuguesa/marguerita/atum/etc), salmão assado com batatas, strogonoff, salada de grão de bico, feijão bem temperado, arroz, soltinho cuscuz marroquino, sushi, yakissoba, camarão empanado, filé a francesa, caldo verde, churrasco, queijo nozinho, frango grelhado, macarronadas, pão com manteiga!!!

E pra beber? Suco de maracujá, vinho (tinto suave, branco para peixes), guaraná Mineirinho, chá (gelado/quente/Matte/das cinco/ de todas as horas!), cerveja alemã, vodka com suco, sucos direto das frutas, leite puro, somos mamíferos!

Finalmente, chocolate. Tortas e bolos, mousses, gelatina, petit gateau, sorvete, pirulito, pavê, bombom, bala 7 belo, maria mole, doce de leite, palha italiana, brigadeiro comido direto da panela... oh heaven...

Isso tudo já resume bastante coisa, mas os momentos em torno disso tudo são a melhor parte de comer. O brinde no bar antes de dar o primeiro gole, comida de vó na casa da vó, comida de mãe na casa da mãe, as fofocas em volta do brigadeiro quentinho, a lareira crepitando atrás da garrafa de vinho, as gargalhadas de uma receita que não deu certo, as histórias do primeiro feijão queimado, a aprovação da pessoa pra quem você cozinhou... a conversa que não acaba mesmo depois que a comida acabou.

Momento nostalgia.

Momento parafraseante a um filme, em que se eu fosse católica, pediria a mesma coisa que Frances Mayes a São Lorenzo. Ela conseguiu tudo que queria.

domingo, 23 de maio de 2010

E se...

Hoje eu venho falar de possibilidades. Hoje é papo sério.

Claro que a maioria das pessoas não é maluca desse jeito, mas eu sou o tipo de orca escritora que não perde uma boa oportunidade de imaginar uma história.

E que história boa poderia ter sido. Não que não tenha sido... Foi. E como foi. Mas não chega a nível de história... ainda não, pelo menos. Está no estágio de conto, e foi épico, do tipo que as pessoas não acreditam que acontece. Do tipo que eu sempre imaginei possível mas nunca tinha visto.

Bom, aconteceu e eu vi toda uma série de situações que poderiam se desenvolver. E sabe qual a melhor parte? Eu não me deixei levar por essas visões. Eu vi, e sorri. Me mantive num estado calmo, satisfeito, surpreso e incrivelmente realista, que até agora está me deixando sob suspeita.

Histórias são boas, principalmente quando acontecem. Fosse eu o autor, daria continuidade a esta, já que alguns ramos têm uma possibilidade muito grande de crescer e se desenvolver. Porém está tudo bem... desta vez, não ficarei brincando com as possibilidades, já é ótimo que algo que eu sempre quis tenha acontecido de um jeito tão inesperado.

E muito embora em alguns momentos eu me pegue pensando e supondo e até mesmo querendo, estou contente. Ganhei motivos, ganhei ambições, ganhei justamente possibilidades de mais de um tipo além do meu horizonte territorial.

O mar, a imensidão azul, guarda ainda muitas possibilidades inexploradas. Nada de 'e se...' por algum tempo! Pelo menos não quanto a isso. Quem sabe o que a maré vai trazer no meio tempo?

O oceano é imenso, mas tem lá seus ciclos. Podem vir coisas novas, podem retornar coisas antigas. É só não ficar procurando.