sábado, 5 de junho de 2010

Technologie aus der Hölle!

*Tecnologia dos infernos!

Sabe, algumas vezes eu sinto falta do tempo em que bater no computador funcionava...

Não me leve a mal, eu adoro essa velocidade toda e o quão portáteis os eletrônicos se tornaram. Mas não é extremamente frustrante quando nada disso funciona?! Quer dizer, não deveria ser difícil instalar algo que está lá justamente para facilitar a sua vida.

Hoje me senti como uma daquelas nerds que sabe como todas as máquinas funcionam, sentada no chão, cercada de fios e aparelhos eletrônicos e cara de concentrada na tela do computador. Qualquer desavisado poderia pensar que ia sair do bolo de fios e Lis uma grande invenção tecnológica. Infelizmente algo me delatava, eu totalmente frustrada ao telefone com meu amigo, tentando entender o motivo de o roteador - que deveria me conectar a internet - não estava me conectando a internet!

Finalmente ele, meu amigo - um Alquimista renomado, me explicou o segredo da coisa: sorte. Se você der sorte, o assistente de configuração funciona direito e te ajuda e a coisa faz o que foi desenhada para fazer.

Mas aí é que lhes digo: se eu quisesse contar com a sorte para esse tipo de coisa, eu compraria um bilhete da loteria, e depois que eu ganhasse, contrataria um técnico do MIT pra cada parte: um pro cabo, outro pro modem, outro pro outro cabo; outro pro roteador; outro pro computador... e outro pra reserva, vai que um deles vem com defeito, essas coisas técnológicas de hoje em dia...

Oh, bem, eu poderia passar linhas inteiras reclamando sobre isso. Mas como no fim tudo deu certo - graças aos meus queridos amigos, Alquimista e Galaico(!), que me guiaram com sua sabedoria e impediram que meus instintos de orca mordessem o trocinho cinza até ele retornar ao seu estado primal de placa de metal - hoje eu paro por aqui.

Contudo, se eu tiver que passar por mais uma dessas... Grrrr... aí sim eu vou ficar muito braba!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

The Children of Rock'n Roll...

... never grow old, they just fade away.

Elas também não se redem ao mau gosto.

Ontem foi a chopada do meu curso na faculdade, onde pude constatar diversos tristes fatos.

Primeiro: meus calouros não aprenderam nada comigo e também não estão ensinando nada aos calouros deles, que por sinal são muito mortos e antipaticos em sua maioria. Decepcionante.
Segundo: não tem jeito, aqui no Rio as pessoas não conhecem a diversidade musical. Se os cariocas ainda focassem em música boa, tudo bem, mas eles insistem ou naquele tal de funk ou em pops monótonos seguidos de um pouco de forró.

Chamem-me de velha, antiquada, chata ou qualquer outra coisa, mas nada se compara a vibração de uma guitarra, letras com significado sincronizado no ritmo da música. Bateria de verdade ao fundo. Com uma corda de guitarra reverberando não é necessário nem estar louco para ver o caminho do som, se perder e transformar-se a medida que o baixo marca a música sem que você nem perceba. Gritar tão alto junto com o vocalista que por alguns segundos você é Freddy Mercury, Robert Plant, John Lennon, Brian Johnson, Ozzy Osbourne (...) tudo ao mesmo tempo. Não é necessário nem saber dançar, pula-se e balcança-se e quando você vê você tem a sua própria dança e todo mundo em volta vai estar igual a você.

Com uma música, se é livre de um jeito que poucos percebem. Booooooorn to be wiiiiiild!!!!

Eles não sabem o que disperdiçaram. Bom, a ignorância pode mesmo ser uma benção, porque eu sei o quão bom teria sido.

Gosto não se discute, vá lá, e eu nem fico tentando doutrinar as pessoas. Mas que foi ruim, foi.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Por padarias cariocas mais mineiras!!!

Continuando na onda de falar de comida, venho aqui hoje registrar um protesto silencioso com a falta de certos hábitos do carioca.

Gente, cadê o pão de queijo na padaria?!

Sério, na faculdade você encontra pão de queijo vendendo nas lanchonetes, até no bar do português na esquina vende pão de queijo. Mas aquele pãozinho especial, que só vende em padaria, que você quer comprar depois de um dia exaustivo de física, química, geologia e biologia e cetáceos... você não encontra!

Moro no Rio há dois anos e já estou acostumada com alguns absurdos cariocas - tipo a mania de sentir frio que eles têm - mas ainda fico indignada de não encontrar pão de queijo nas padarias. Eu não estou pedindo aquele pãozinho mineiro e muito menos o melhor do mundo - o da minha avó, que, diga-se de passagem, é mineira. Só quero um pãozinho de queijo...

Poderia passar sem pão de sal (ou pão frances, ou Brigitte, ou qualquer outro nome carioca para pão), pão de forma... se bobear, até bolo eu ficaria sem se isso significasse pão de queijo na padaria.

Bem... era isso, só precisava expressar essa indignação do âmago do meu ser e todas essas coisas mais profundas. Nada sério (dependendo do ponto de vista, claro, pão de queijo é assunto sério pra muita gente), nada revolucionário.

Quando você começa a pensar mais em comidas gostosas e manter a casa arrumada, você sabe que se está no caminho certo.

domingo, 30 de maio de 2010

Ode to San Lorenzo

Quem aqui sabia que este era o santo favorito dos chefs?

Aparentemente ele foi torturado sobre chamas e depois de um tempo, pediu a seus torturadores que o virassem, pois um lado já estava no ponto. Ha! Boa presença de espírito. Coisa rara nos católicos.

Bem, isso foi apenas a nível de curiosidade. Vim mesmo registrar que comer é uma das minhas três coisas favoritas no mundo - as outras duas vocês podem imaginar. Quer dizer, quantas outtras atividades vocês conhecem que são essenciais a nossa sobrevivência e oferecem momentos tão saborosos?

Queijo derretido de uma pizza (de calabresa/portuguesa/marguerita/atum/etc), salmão assado com batatas, strogonoff, salada de grão de bico, feijão bem temperado, arroz, soltinho cuscuz marroquino, sushi, yakissoba, camarão empanado, filé a francesa, caldo verde, churrasco, queijo nozinho, frango grelhado, macarronadas, pão com manteiga!!!

E pra beber? Suco de maracujá, vinho (tinto suave, branco para peixes), guaraná Mineirinho, chá (gelado/quente/Matte/das cinco/ de todas as horas!), cerveja alemã, vodka com suco, sucos direto das frutas, leite puro, somos mamíferos!

Finalmente, chocolate. Tortas e bolos, mousses, gelatina, petit gateau, sorvete, pirulito, pavê, bombom, bala 7 belo, maria mole, doce de leite, palha italiana, brigadeiro comido direto da panela... oh heaven...

Isso tudo já resume bastante coisa, mas os momentos em torno disso tudo são a melhor parte de comer. O brinde no bar antes de dar o primeiro gole, comida de vó na casa da vó, comida de mãe na casa da mãe, as fofocas em volta do brigadeiro quentinho, a lareira crepitando atrás da garrafa de vinho, as gargalhadas de uma receita que não deu certo, as histórias do primeiro feijão queimado, a aprovação da pessoa pra quem você cozinhou... a conversa que não acaba mesmo depois que a comida acabou.

Momento nostalgia.

Momento parafraseante a um filme, em que se eu fosse católica, pediria a mesma coisa que Frances Mayes a São Lorenzo. Ela conseguiu tudo que queria.

domingo, 23 de maio de 2010

E se...

Hoje eu venho falar de possibilidades. Hoje é papo sério.

Claro que a maioria das pessoas não é maluca desse jeito, mas eu sou o tipo de orca escritora que não perde uma boa oportunidade de imaginar uma história.

E que história boa poderia ter sido. Não que não tenha sido... Foi. E como foi. Mas não chega a nível de história... ainda não, pelo menos. Está no estágio de conto, e foi épico, do tipo que as pessoas não acreditam que acontece. Do tipo que eu sempre imaginei possível mas nunca tinha visto.

Bom, aconteceu e eu vi toda uma série de situações que poderiam se desenvolver. E sabe qual a melhor parte? Eu não me deixei levar por essas visões. Eu vi, e sorri. Me mantive num estado calmo, satisfeito, surpreso e incrivelmente realista, que até agora está me deixando sob suspeita.

Histórias são boas, principalmente quando acontecem. Fosse eu o autor, daria continuidade a esta, já que alguns ramos têm uma possibilidade muito grande de crescer e se desenvolver. Porém está tudo bem... desta vez, não ficarei brincando com as possibilidades, já é ótimo que algo que eu sempre quis tenha acontecido de um jeito tão inesperado.

E muito embora em alguns momentos eu me pegue pensando e supondo e até mesmo querendo, estou contente. Ganhei motivos, ganhei ambições, ganhei justamente possibilidades de mais de um tipo além do meu horizonte territorial.

O mar, a imensidão azul, guarda ainda muitas possibilidades inexploradas. Nada de 'e se...' por algum tempo! Pelo menos não quanto a isso. Quem sabe o que a maré vai trazer no meio tempo?

O oceano é imenso, mas tem lá seus ciclos. Podem vir coisas novas, podem retornar coisas antigas. É só não ficar procurando.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Hail Poseidon!

Λ. Ποσειδώνος, ο Λόρδος των Ωκεανών, πατέρα του άλογα, προκαλώντας σεισμούς!



*Ave Poseidon, Senhor dos Oceanos, Pai dos Cavalos, Causador de terremotos!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Sai flango, sai flango!!!

Você sabia que a codorna quando nasce, já sai do ovo correndo?

Estou falando sério, não é nenhuma piada não. Codorna é bicho bom, bicho esperto. Sai do ovo correndo.

Bem, eu não sou uma codorna - ponto positivo para mim - e certamente não saí correndo da barriga da minha mãe - ponto negativo para mim - mas isso não me torna menos esperta. Quero só ver uma codorna escrever um blog com título em inglês. Enquanto meus pais fazem cara feia para o fato de eu não ir muito bem em física, os pais da codorninha fazem cara feia para o fato dela não saber escrever (nem ler!).

Se você não pegou o espírito da coisa ainda: este é só mais um post revoltado com o grande estímulo que a maioria dos pais por aí a fora acham que dão ao comparar seus filhos aos filhos dos outros - ou a eles mesmos quando eram mais novos.

Talvez não sejamos melhores que uma codorna ou que o filho do vizinho, mas eu quero ver qualquer um dos dois nunca repetir nenhuma matéria numa universidade onde a média é sete e as aulas são durante as férias - ou seja, na ausência de férias.

Ora essa, sai flango!

***

Só para vocês entenderem que eu não sou analfabeta, vou terminar o post de hoje com um momento de descontração.

Outro dia um cara tava morrendo de fome e parou numa pastelaria chinesa. Po, pastel chinês, massudo e com bastante recheio... dá um susto bom no estômago. Aí ele chegou no balcão e perguntou pro chinesinho:
- Esse pastel aqui é de que?
- É de flango. - respondeu o chinês, com aquele sorriso que fecha os olhos pequenininhos dos orientais.
- Ah, então me vê esse pastel de frango mesmo.
Alguns minutos depois, já de barriga cheia, bem satisfeito com seu pastel. O cara está prestes a sair da pastelaria quando se depara com uma cena interessante. A calçada estava cheia de pombos e o chinesinho foi espantá-los de lá, agitando os braços o velhinho oriental começou a gritar:
- Sai flango! Sai flango!